quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A dificil vida dos veículos de comunicação tradicionais (2)

Ontem, dia 30 de Janeiro, as 10 da manha, vi a seguinte noticia em um blog brasileiro:

Engadget: Telefônica anunciará iPhone no Brasil em fevereiro

Obvio que me interessei, e fui ler a noticia, que dizia que o Engadget noticiou que a Vivo iria lançar o iPhone no Brasil. Só que não tinha link para a noticia original no Engadget. Fui lá, procurei, e adivinhem, o Engadget nunca noticiou nada sobre o iPhone e o Brasil. Coloquei um comentário no blog, pedindo o link original e até agora não tive retorno.

Mas o pior ainda estava por vir. Uma coisa é um Blog escrever uma coisa, o problema maior é um veículo de comunicação dos ditos "tradicionais". Do tempo das noticias do tipo: "Novo 486 DX4-100 voa baixo".

A Info, copiou a noticia desse blog, sem fonte nenhuma, sem ter a preocupação que eu tive e noticiou no "plantão info" com o seguinte titulo: Telefónica terá iPhone no Brasil , diz blog. Blog? Que Blog? Pra eles não importa. Fonte? Cade a fonte? Para eles também não importa. Se alguém escreveu, cai no "Plantão Info"

Ai temos dois problemas. Primeiro, uma pessoa talvez tentando ter mais visitas ao seu blog se queima com uma noticias dessa. Estou afirmando que é falsa porque eu leio o Engadget, e não tem noticia desse tipo lá. Tem 1% de mim torcendo para que eu esteja enganado, e exista de fato essa noticia no Engadget e eu não achei.

Segundo, a Info. Me lembro no ano de 1999. Quando eu comentava lá na pequena cidade em que eu morava, que a Info Exame era uma revista de propaganda e ninguém podia confiar em nada do que tava ali. Todo mundo me olhava atravessado. Eles achavam que eu era o revoltado. De lá pra cá a coisa só piorou.

PS.: Não, eu não quero que o iPhone venha para o Brasil para mim comprar ele :). Quero que o Brasil entre para o mercado de produtos de alta tecnologia oficiais, e não apenas de contrabandos, piratas e dos destravados a força.

ATUALIZADO 3 horas depois, as 13:30:

Conforme o comentário do Leonardo Marques, meu 1% de torcida ganhou dos 99% que achavam que essa história era invenção. O site Mundo TI, fez a atualização da noticia com o link para o endereço no Engadget espanhol.

Antes de mais nada, Leonardo, eu não distorci os fatos. Apenas cheguei a algumas conclusões, com os fatos que eu tinha. Que eram duas histórias iguais, e as duas igualmente sem fontes. Se eu publicar um monte de informação aqui, que não existe em lugar nenhum, e não publicar fonte, você iria pensar o que? Pois é, e ainda fiz um comentário ontem, pedindo as fontes e até hoje não tinha recebido nenhum retorno. Mas mesmo assim fica aqui minhas desculpas.

Então realmente existe um rumor, sobre a vinda do iPhone para o Brasil. Agora sim pode ser confirmado com fontes, que antes não existiam. Mas vale lembrar que é só um rumor, como o que seria lançado o iPhone 3G na MacWorld e acabou não acontecendo.

Segundo a fonte do Engadget, o elPeriodico.com (em espanhol), Steve Jobs iria para a Espanha no dia 11 de Fevereiro durante o Mobile World Congress. Lá anunciaria o iPhone 3G e o inicio das vendas na Espanha com exclusividade para a Telefônica

Já o site Descifrado.com, (em espanhol), afirma que a parceria da Telefônica com a Apple se estenderia em vender o iPhone 2G na América Latina, e fala que a Venezuela seria o primeiro pais a receber o iPhone já em Maio deste ano.

Esperamos o meio de fevereiro para ver o que se confirma e o que é verdade.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Voltei a ser universitário, e isso é bom!

Hoje, após sair do trabalho, estarei cursando a disciplina de Direito Empresarial. Isso marca meu retorno ao meio acadêmico. Uma história bem mais longa do que a maioria dos cursos de graduação.

Entrei na universidade no século passado. Era o longe 1999. Primeiro Semestre. Minha mãe podia dizer que tinha um filho na faculdade. O incio foi incrível. Muita gente nova, muitas turmas, muita correria nos corredores. Aulas 5 vezes por semana. Tudo perfeito.

Com o tempo a triste realidade veio a tona. Entre as muitas coisas que aconteciam, a matação de aula era uma delas. Mas o mais grave foi aparecendo, a baixa qualidade do ensino, com algumas poucas exceções. Eu queria aprender, morava em uma cidade pequena e queria ver o mundo que me esperava, eu só queria aprender.

Durante 4 anos eu ainda tentei. Fiz poucas cadeiras nos semestres seguintes, parei alguns. Cheguei a mudar de instituição, sem muita sorte. E fiquei num dilema. Eu tinha aprendido minha profissão, nos livros de tecnologia, de desenvolvimento de software, de programação, de analise de sistemas. A universidade não estava me trazendo nada útil. E para piorar eu estava perdendo ótimas oportunidades de trabalho porque não tinha tempo de fazer mais nada, alem do meu trabalho normal, por causa das aulas e dos trabalhos. E eu estava pagando para isso.

Então, foi quando eu resolvi parar tudo, e acompanhar de longe o meio acadêmico. Trabalhei por um tempo em uma pequena empresa onde quase todos meus colegas tinham graduação ou mestrado na UFRGS. Achava incrível o nível de conhecimento deles. Realmente tinham aprendido, tinham crescido profissionalmente. Era isso que eu achava, em 1999, que aconteceria comigo. Eu não tinha desistido, apenas estava "dando um tempo".

O fato é que, de 1999 para cá, eu nunca perdi uma oportunidade por não ser graduado, nunca de fato me arrependi da minha decisão. Todas as entrevistas que fiz (e foram várias), meu conhecimento dominou a conversa, e quando eu falava que tinha parado o ensino superior o assunto mudava sem problemas.

Mas eu realmente não tinha desistido, e hoje me vejo de novo nesse meio. Quando sair do trabalho, vou para casa, ligo meu computador, e vou fazer minhas atividades propostas para hoje, até a aula acabar.

Sim, decidi, sem nenhum problema, estudar a distância, com o currículo 100% virtual, pela internet e por livros. Eu estou acostumado, desde muito tempo antes de entrar na universidade pela primeira vez, a estudar por livros. Foi assim que eu entrei na minha profissão, vai ser só mais um passo. E eu já vi tanta coisa nas universidades presenciais, de aulas de 1 hora por dia até professores sem o minimo domínio do conteúdo, que resolvi estudar a distância sem o minimo de receio.

O ensino a distância é uma barreira que precisa ser quebrada na nossas cabeças. O fato é que, alunos dessa modalidade, aprendem mais que os alunos presenciais. Qualquer pesquisa confirma essa informação, e as grandes universidades do mundo todo dispõe da modalidade de ensino a distância. No sábado passado, durante a aula inaugural, um representante do Ministério da Educação estava presente, e fez algumas afirmações relevantes, como: "em pouco tempo, não existirá distinção entre alunos presenciais e a distância". E ainda mostrou os resultados do ENADE, e outras avaliações, com os números provando o melhor rendimento dos alunos a distância. Ainda firmou ser falsa a afirmação de que os alunos a distãncia são mais velhos, e por isso o melhor rendimento. Mostrou que o percentual de alunos entre 18 a 24 anos ser equivalente entre os alunos presensicias e a distãncia.

Dessa vez escolhi a Unisul, de Tubarão-SC, como instituição de ensino. Que através da UnisulVirtual, é referência brasileira em ensino a distância. A Unisul, tem mais de 40 anos e quase 50 mil alunos. 7 mil alunos somente a distância. Antes pesquisei sobre opiniões dos alunos, e o conceito da Unisul. Todos me recomendaram e como tento ser uma pessoa de cabeça aberta, resolvi conferir.

Outra mudança foi o curso escolhido. Eu já tinha estudado o curso de Sistemas de Informação e Analise de Sistemas, que na prática são quase iguais. Dessa vez vou cursas Administração.

Eu não acho que já tenho todo conhecimento sobre tecnologia, não acho que não preciso aprender mais nada sobre desenvolvimento de software, e nem quero mudar de área. Ao escolher o curso de Administração, sei que junto com ele vou ter que continuar estudando os conteúdos da minha área. Vou ter que continuar antenado nas novas tecnologias, ler muito, participar de fóruns, ler revistas e livros. Tudo isso para mim continuar compensando com conhecimento, quando eu precisar fazer uma entrevista.

Mas também acredito que vou aprender muito no curso de Administração. Um mundo inteiro de conhecimento sobre empreendedorismo e negócio que vai poder se encaixar perfeitamente no meu trabalho. Quem desenvolve software, trabalha para um negócio, e isso é muito importante. Quanto maior minha visão empresarial melhor. E acho que vou conseguir isso num curso de administração.

Não estou estudando especificadamente para virar gerente de alguma grande empresa, ou ser coordenador de projetos, nem virar chefe. Nem sei se eu seria um bom chefe. Hoje, eu gosto de ser técnico, e por muito tempo vou continuar assim. O que eu quero é abrir minha cabeça, ver as possibilidades e no futuro avaliar cada uma delas.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Em que lingua eu escrevo?

Ta certo de vez em quando (bem de vez em quando) eu cometo umas gafes ortográficas, mas não justifica o caso a seguir.

Um cidadão, proveniente de Londres-UK, que possui como idioma oficial o inglês, resolveu descobrir a mágica com meu tutorial de como colocar um DIV em cima de um SELECT.

Quando menos esperava, foi surpreendido com um texto completamente incompreensível, que de maneira surpreendente não tinha sido escrito na sua lingua mãe, o inglês. Mas esse não era um cidadão qualquer da terra da rainha, esse era dos mais espertos, e não tão rápido, sacou seu google translator e facilmente traduziu a pagina toda para um idioma compreensível dos seres humanos. Vocês acham que ele ficou feliz?

Bem, eu acredito que não. Primeiro ele tentou traduzir a página de francês para inglês, esses malditos franceses que não falam inglês, pensou ele. Não obtendo o resultado esperado, resolveu pensar um pouco, e como tava impossível de entender, só podia ser grego, então traduziu de grego para inglês. Sem sucesso, já desanimado, resolveu tentar mais uma vez e traduziu de italiano para inglês. Ainda insatisfeito e sem conseguir entender o EraInfo, lembrou que já tinha ouvido falar de uma civilização que falava um estranho dialeto quando bebia tequila, e tentou traduzir do espanhol para o inglês.

Nessa hora ele deve ter enchido o saco e provavelmente não poupou elogios as outras 300 nações do planeta, obviamente, sem saber como colocar o maldito DIV em cima do SELECT.

Tem aquela piada de quem fala várias linguas é poliglota, quem fala duas linguas é bilíngue, e quem fala uma lingua é americano, mas nesse caso, é inglês mesmo!

Steve Jobs comanda.

Lendo o MeioBit vi sobre o lançamento de MacHeads - The Movie. Eu acho que filmes sobre geeks sempre são legais e esse eu também quero ver. Principalmente porque eu não sou um apaixonado pelos Macs, nem tenho um iPod, e muito menos pretendo comprar um MacBook Air. Para mim ter um iPod, só se for pela promoção da Kibon! :)

Ai você se pergunta, como assim, não quer ter um iPod? Não, não quero, e não tenho a minima vontade. Mas todo mundo quer ter um iPod. Você afirmaria. Mas eu digo, todo mundo, que faz o que o Steve Jobs manda, quer ter um iPod. Mas porque? você ainda tenta retrucar. Então para terminar a conversa eu digo, que as chances de eu comprar um music player que não tem radio FM, inexiste. Ou seja, iPod jamais.

A Apple é conhecida mundialmente por pessoas que não se importam com a marca, por ser a empresa que cobra mais caro que a concorrência para entregar menos que a concorrência, e quem compra fica mais satisfeito que os clientes da concorrência. E esse ultimo ponto é que é a questão.

Muita gente realmente adora a Apple, e não existe problemas nisso. Apenas o fato de que acreditam que se um produto da Apple não tem algum recurso, é porque eles simplesmente não precisam dele. Mas ninguém tenta se enganar aqui. Quem compra um iPod acredita claramente que não precisa de radio FM. E o pior, quem compra um iPod Shuffle, acredita, cegamente, que não precisa de um visor no aparelho, mesmo que tenha pago mais caro que um player da sony com visor, radio FM e gravador de voz e o dobro de memória.

O mesmo vale para o iPhone que em 2007 não tem vários recursos que a maioria dos telefones tinham em 2005. O mesmo vale para o MacBook Air, que não é o notebook mais fino do mundo, nem é o mais leve, mas como é da Apple, muita gente ficou maravilhado por isso!

Então quero ver o MacHeads, o filme, e curtir muito com os apaixonados pela Apple, porque eu aposto que vai ser divertido.

E para mais amigos amantes da Apple (que são muitos), quero dizer que invejo vocês, por eu não conseguir ligar meu campo de distorção da realidade, para seguir a cartilha do Steve Jobs.

domingo, 6 de janeiro de 2008

A guerra acabou: definido sucessor do DVD

Não é oficial, mas é bem provavel que seja definitivo. Essa semana a Warner Bros anunciou que a partir de junho de 2008 irá distribuir apenas filmes no formato Blu-Ray, da Sony, deixando de disponibilizar filmes no formato HD-DVD da Toshiba.

A Warner Bros é o estudio que mais vende filmes em midia nos EUA, cerca de 20% de todo mercado, e por isso essa decisão é tão importante. Todos os outros estudios já tinham tomado partido por algum formato, e apenas a Warner não tinha tomado um lado. O que se fala agora é que realmente a guerra entre o Blu-ray e o HD-DVD acabou, e o Blu-Ray venceu.

A guerra dos dois formatos já vem a um bom tempo acontecendo, e está prejudicando não apenas as vendas dos discos de alta definição, mas também as vendas de DVDs, segundo a própria Warner.

A distribuição dos estudios agora ficou assim:


A pouco tempo atrás a Toshiba, tentando ganhar mercado, fez um acordo de 150 milhoes de dolares com a Paramont para garantir a exclusividade para o HD-DVD, mas agora é quase certo de que a própria Paramont e a Universal, mais cedo ou mais tarde irão distribuir filmes no formato Blu-Ray. Decretando definitivamente o fim do HD-DVD.

O Blu-Ray é um formato comandado pela Sony, mas o desenvolvimento foi feito em conjunto com Apple, Dell, HP, Hitachi, LG, Mitsubishi Electric, Panasonic, Pioneer, Philips, Samsung, Sharp, Sun Microsystems, TDK, Thomson entre outras empresas.

E tinha gente que dizia que o fato da industria pornô ter dado apoio ao HD-DVD seria um golpe mortal no Blu-Ray.

Então alguém se pergunta, precisamos mesmo de um sucessor para o DVD? O fato é que sim, precisamos, por dois motivos.

Primeiro, quem ve um video em alta definição, não precisa nem ser em 1080 linhas, pode ser em 720 linhas de resolução, não consegue mais achar a imagem do DVD boa. Só se ve quadrados, e se passa a achar defeito em tudo. Com as TVs modernas de alta definição, o DVD ficou ultrapassado, e não tira todo o proveito da resolução disponível.

Segundo, muito se fala em video pela Internet, download on demand, aluguel on line, mas quando se junta esses conceitos com videos de alta definição se descobre que precisamos de muitos anos ainda de evolução dos canais de distribuição. A Internet que temos hoje para a maioria das pessoas, mesmo no Japão ou EUA, não suporta a transmissão online de video em alta definição. Os links dos provedores também não suportariam, os distribuidores precisariam de uma banda gigantesca. O dia em que teremos infra estrutura para transmissão de alta definição via internet vai chegar certamente, mas enquanto isso o Blu-Ray vai fazer bem seu papel.

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