Porque eu acho que você não deve usar Linux no lugar do seu Windows

Muito se fala, muito se falou, muito se falará, qual SO é melhor para as tarefas diárias no computador? Quem usa Windows diz que Windows é melhor, quem usa Linux diz que Linux é melhor, e ainda quem usa Mac diz que os OS X é imbatível. Então aqui vai a opinião de quem conhece o Mac e usa exclusivamente Linux por mais de 5 anos: Windows, fique no seu Windows.

Virus, worms, trojans, rootkits, backdoors, spyware, botnets, keystroke, loggers e dialers. Todos esses são exemplos de pragas que quem usa um computador conectado está enfrentando. Todos são programas, que usam técnicas diferentes, seja por uma fragilidade do sistema ou por uma fragilidade do usuário, para chegar ao seu objetivo. Eles podem destruir o SO inteiro, podem destruir uma rede, podem monitorar o usuário, ou ainda podem não fazer nada com o usuário, mas sequestrar o computador para causar um efeito em uma rede remota.

Quem cria essas pragas tem uma premissa certa: atingir o maior número de pessoas. E para isso, nada melhor do que estar compatível com o SO dominante no mercado. E quando um SO tem mais de 95% do mercado, não existe nem dúvida o alvo a ser atacado. E por isso o Windows é a escolha obvia. Claro que a fragilidade do sistema ajuda, a fragilidade dos milhões de novos usuários também ajuda. Mas que continue assim.

A notícia de um Malware encontrado em um screensaver no Gnome-Look, faz com que seja necessário alertar as pessoas para quem continuem no Windows, senão o futuro do Linux será negro. Não quero ter que mudar o SO, quero continuar sendo um feliz usuário do Ubuntu. E essas pragas são o ponto chave da minha satisfação. Nem dou bola para a facilidade de usar o sistema, de ter todo hardware instalado automaticamente, e a placa de vídeo ser instalada com os drivers do fabricante em 2 cliques.

Melhorando o volume no Ubuntu 9.10

O Ubuntu 9.10 é sem dúvida a versão mais bem feita e estável até hoje (nem sempre a ultima é a mais estável), mas tem bastante gente reclamando do volume baixo.

Quando instalei no meu computador, com chipset da NVidia percebi que o volume estava baixo mesmo, mas não dei muita bola. Quando fui escutar música, e aumento o volume no máximo, percebi realmente que o volume era muito baixo, mesmo colocando todos marcadores no topo.

Então pesquisando, vi algumas pessoas com o mesmo problema, e achei uma solução simples. Basta instalar o pacote gnome-alsamixer. Depois executando o gnome-alsamixer, o primeiro marcador é o som principal do Ubuntu, que está bem baixo, aumentando ele, aumenta o som ficando no nível normal esperado.

Ubuntu, cade meu ponto que estava aqui?

Ontem, apareceu o ícone de atualização no meu Ubuntu 8.10. Atualizei tudo como de costume, e também como de costume deu tudo certo.

Só que um tempo depois achei um efeito colateral. A tecla com o "." e o ">" não funciona mais!!

Sim, a tecla não existe mais nos layouts de teclado nenhum, e quando eu aperto ela, o Ubuntu entende como sendo a virgula.

Resumindo, estou sem ponto. :(

ATUALIZAÇÃO:

Em 10 minutos apareceu a solução no Ubuntero. O problema é no pacote xkb-data e deve ser corrigido logo.

ATUALIZAÇÃO 2:

Dois dias depois, a atualização do Ubuntu corrige o problema no pacote xkb-data.

FISL 8.0: Ultimas apresentações

Na sexta-feira, a apresentação mais legal foi a do Jono Bacon, que trabalha na Canonical e falou sobre formação de comunidades. Entrei na palestra meio que sem querer, mas foi só começar a ouvir o Jono que me prendeu completamente. Ele falou sobre a importância dos processos dentro das comunidades, deu como exemplo o McDonalds que tem os processos de fabricação bem definidos.

Mostrou ainda algumas pessoas da comunidade do Ubuntu, falou um pouco sobre elas e comentou sobre os diferentes tipos de pessoas. Disse que quando você é lider de uma comunidade tem que saber lidar de maneira diferente com pessoas diferentes.

Acabou falando bastante sobre o Ubuntu, falou sobre as equipes de localização e como isso é importante. Foi legal que tinha várias pessoas do time de localização do Brasil e eles foram bastante aplaudidos.

Falando nisso, o stand do pessoal do Ubuntu-BR sem dúvida era o mais visitado. Não teve uma vez que eu tivesse por ali que não estivesse lotado. Incrível a proporção que o Ubuntu tomou.

No ultimo dia do FISL cheguei cedo para ver uma apresentação sobre Java mas estava já me preparando para a apresentação de Linux no Playstation 3 que iria ocorrer ao meio dia. A apresentação era da IBM e o ponto central na verdade não era nem o Linux nem o Playstation 3, mas sim o processador CELL, que está dentro da maquina.

O apresentador, era da IBM Brasil, e tinha uma outra pessoa que eu não peguei quem era, e que não falava português, que era quem comandava o Playstation. Foi apresentado a formatação do disco, a instalação do gerenciador de boot e finalmente foi dado o boot pelo live cd do Debian.

Muito interessante mesmo, foi citado algumas comparações do CELL com os processadores modernos e o CELL da de lavada (pelo menos nos números). Algo como de alguns minutos para alguns segundos.

O Debian entrou redondinho, abriu o Gnome e foi possível operar o Linux. O apresentador falou que é possivel usar a resolução máxima no linux de 1080p com o PlayStation 3. A rede Wifi e a placa gráfica ainda não são compatível, mas é provável que logo os drivers sejam disponibilizados. Os gráficos são gerados por drivers genéricos.

Minha única dúvida em relação ao linux no Playstation 3 é a questão da memória. O CELL pode ser um processador muito superior que os que temos nos PCs hoje em dia, mas o Playstation tem somente 256 MB de RAM, o que compromete significamente a performance.

Assisti algumas outras apresentações tanto na sexta como no sábado que não tenho muito o que comentar, ficou aqui meu relato sobre as que eu achei mais interessantes. E assim concluo minha participação no FISL 8.0 com a certeza de que ano que vem estarei lá novamenteo

FISL 8.0: Java e Software Livre juntos

Passado o fim de semana do FISL, volto com o que vi por lá. Na sexta-feira e no sábado assisti várias palestas sobre Java. É o evento Javali, organizado pelo SouJava de São Paulo, que acontece dentro do fisl e o assunto principal é o Java.

Um momento interessante foi que me marcou foi quando o Bruno Souza falou em uma das palestras sobre os anos anteriores do FISL. Ele disse que a 5 anos, as pessoas tinham vergonha de dizer que programavam em Java no FISL. Os desenvolvedores Java e o pessoal relacionado com a SUN andavam escondidos e de cabeça baixa. Hoje é completamente diferente. A Sun está fortemente presente no evento, e o Java se tornou um assunto corriqueiro no mundo do software livre. Fiquei especialmente contente porque tenho uma grande simpatia pelo pessoal que desenvolve software livre, utilizo o ubuntu como SO principal, e minha profissão é trabalhar justamente com Java, a mais de 5 anos.

Sobre as palestras de Java achei elas bem básicas, talvez o publico alvo fossem pessoas iniciantes. Vi sobre o Struts 2 que eu já tinha comentado aqui. Além de toda a bagagem do WebWork 2 achei bem interessante a possibilidade de se trabalhar no mapeamento das ações com XML, anotações ou ainda com convenção sobre configuração (meu preferido, ainda vou escrever sobre isso, aguarde). No mais a apresentação foi básica com exemplos simples.

Na palestra sobre JSF, EJB, Hibernate e Ajax eu estava especialmente interessado, para ver como outras pessoas estão implementando soluções com essas tecnologias. Eu tenho algumas premissas e gostaria de comparar e debater sobre o assunto. Meu desapontamento ficou no fato de o apresentador falar apenas de Ajax para os leigos em 90% do tempo e deixou de lado as outras tecnologias.

Achei bem interessante as discuções realizadas na palestra Open Source Java Fishbowl: An Interactive Discussion, foi realmente interativo. Achei ruim o fato de várias palestras de Java falarem sempre da mesma coisa, Ajax, Ajax, Ajax e um pouco de Ajax. A sun ta investindo pesado nesse Ajax.

FISL 8.0: Telepathy e Tapioca e o envolvimento da Nokia no mundo open source

Meu primeiro dia em um forum internacional de software livre acabou, deu pra conhecer algumas pessoas e conhecer alguns produtos.

Me chamou atenção a apresentação do Telepathy e do Tapioca. Do Telepathy eu já tinha falado inclusive aqui, realmente minha animação tinha sentido. O Daniel, que fez a apresentação trabalha no Instituto Nokia de Tecnologia, no Recife, e falou um pouco sobre os dois projetos.

Achei surpreendente que os dois projetos surgiram juntos e quase viraram concorrentes, e em um determinado momento o Telepathy virou o provedor dos serviços de mensagens (isso inclui todos os recursos dos IM modernos) e o Tapioca uma camada superior ao Telepathy provendo uma API de mais alto nivel para os desenvolvedores.

Perguntei sobre o sentimento de "agora vai" nos programas de mensagens instantâneas no Linux e o Daniel disse que provavelmente esse é um caminho sem volta. Que bom, vamos esperar. Depois da apresentação ainda falei diretamente com o Daniel, que me explicou como funciona o INDT. Muito simpático e receptivo. Fica aqui meu agradecimento.

Sai da apresentação sobre o Telepathy e o Tapioca e fui para a apresentação sobre a plataforma Maemo, que também tem relação direta com a Nokia por ser o ambiente rodando no Nokia N800. O legal foi que eles tinham um N800 lá que ficou passando para todo mundo dar uma brincadinha. Nunca tinha visto um na frente e quando peguei fui capaz de operar o aparelho facilmente. Incrível como ficou intuitivo, simples e ao mesmo tempo extremamente poderoso. O conceito de Internet Tablet é muito mais do que um aparelho para acessar a internet. Abri alem do navegador, player de música, jogos e os programas acessórios que tem em qualquer computador. Ta virando um UMPC.

Um aspecto interessante foi colocado pelo apresentador sobre o envolvimento da Nokia com a comunidade. Porque o Maemo é uma plataforma aberta, que teoricamente qualquer um pode colocar em um hardware. Mas o produto da Nokia não é o software, mas sim o hardware, o N800 no caso. E o hardware envolve questões de sigilo comercial, grandes lançamentos e muito dinheiro em projeto. Então ele disse que até agora eles não conseguiram chegar num acordo com a comunidade para o desenvolvimento do Maemo, tanto que todos os mantenedores são funcionários da Nokia.

E é isso, amanhã volto para lá e conto mais sobre o que eu achei do FISL 8.0.

FISL 8.0: Chegada e impressões

Depois de ver sete edições do FISL no quintal da minha casa, resolvi tomar vergonha na cara e participar esse ano.

Uma dica para quem vem de carro para cá pela av. Assis Brasil, tem um pardal pouco antes da chegada da FIERGS. Então o melhor é respeitar o limite de 60 Km/h.

Aqui no fórum já visitei o stand do Google, não consegui nem um brinde, nem me candidatei uma vaga para trabalhar lá. Com o pessoal do Ubuntu eu comprei uma camiseta. E ainda conheci o projeto OLPC, aliás, o laptop é muito pequeno, achei muito legal.

Conforme eu for vendo as coisas por aqui eu vou contando. Até mais.

EDIT: esse post eu fiz a partir do meu celular. Não, eu não tenho notebook, mas meu celular está quebrando um galhão. Posto no blog, falo no msn, vejo as noticias do br-linux, e vejo meu e-mail, tudo ao mesmo tempo. É realmente um smartphone. A propósito, eu tenho um Nokia 3250.

Mensagens Instantaneas em Linux para simples mortais está chegando

Vi essa semana uma notícia que me deixou animado. Trata-se do projeto Telepathy um framework de comunicação em tempo real para linux.

A proposta do Telepathy é fazer todo o trabalho de backend para comunicação em tempo real com os servidores e deixando para os mais criativos, construirem apenas os programas clientes que irão utilizar essas caracteristicas.

O Telepathy é modular e usa o conteito de "conections manager", o que deixa as possibilidades de conexão quase infinitas, e padroniza a interface com o programa cliente. Já existem conections manager para IRC, Jabber, MSN, ou muitos outros protocolos.

Eu tenho usado o aMSN e consigo ter todos os recursos que eu preciso. Mas muitas pessoas tem a impressão que ele ou o Mercury são produtos inacabados, poucos usaveis e sem "todos" os recursos. Então o Telepathy vem em boa hora. Provavelmente o aMSN 2 usara ele para se conectar na rede do MSN.